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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

voce sabia....


Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teatro Municipal do Rio de Janeiro
Fachada do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.Fachada do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Prédio
Nomes anterioresTheatro Municipal do Rio de Janeiro
Nomes alternativosTeatro Municipal
TipoTeatro
Estilo arquitetônicoEclético
EndereçoPraça Marechal Floriano, s/nCinelândiaRio de Janeiro
ProprietárioGoverno do Estado do Rio de Janeiro
Inquilinos atuaisOrquestra Sinfônica Brasileira
Construção
Início da construção1905
Término1909
restauro2009-2010
Teatro Municipal do Rio de Janeiro[1] localiza-se na Cinelândia (Praça Marechal Floriano), no centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ), no Brasil.
Construído em princípios do século XX, é um dos mais belos e importantes teatros do Brasil. A responsabilidade de sua gestão é da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculada a Secretaria de Estado de Cultura, que é presidida por Carla Camuratidesde 2007,[2] possui direção artística de Roberto Minczuk[3] e direção operacional de Sonja Dominguez de Figueiredo França.[4]

Índice

 [esconder]

[editar]História

Teatro Municipal do Rio de Janeiro: cartão postal (c. 1909).
A atividade teatral era, na segunda metade do século XIX, muito intensa na cidade do Rio de Janeiro. Ainda assim, a cidade não dispunha de uma sala de espetáculos que correspondesse plenamente a essa atividade e que estivesse à altura da então capital do país. Os seus dois teatros, o de São Pedro e o Lírico, eram criticados pelas suas instalações, quer pelo público, quer pelas companhias que neles atuavam.
Após a Proclamação da República brasileira(1889), em 1894 o autor teatral Arthur Azevedo lançou uma campanha para que um novo teatro fosse construído para ser sede de uma companhia municipal, a ser criada nos moldes da Comédie-Française.[5] Entretanto, naqueles agitados dias, a campanha resultou apenas em uma lei municipal, que determinou a construção do teatro municipal. Essa lei não foi cumprida, apesar da cobrança de uma taxa para financiar a obra. Observe-se que a arrecadação desse novo tributo nunca foi utilizada para a construção do teatro.
Seria necessário esperar até à alvorada do século XX quando a sua construção viria a representar um dos símbolos do projeto republicanopara a então capital do Brasil. À época, o então prefeito Pereira Passos promoveu uma grande modernização do centro da cidade, abrindo-se, a partir de 1903, a Avenida Central (hoje avenida Rio Branco) moldada à imagem dos boulevards parisienses e ladeada por magníficos exemplares de arquitetura eclética.
Nesse contexto, realizou-se um concurso para a construção de um novo teatro, do qual saiu vitorioso o projeto de Francisco de Oliveira Passos (filho do então prefeito Francisco Pereira Passos), que contou com a colaboração do francês Albert Guilbert, com um desenho inspirado na Ópera de Paris, de Charles Garnier.[6]
O edifício foi iniciado em 1905 sobre um alicerce de mil e seicentas estacas de madeira fincadas no lençol freático.[6] Para decorar o edifício, foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época, como Eliseu ViscontiRodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli.[7]Também foram recrutados artesãos europeus para executar vitrais e mosaicos.
Finalmente, quatro anos e meio mais tarde – um tempo recorde para a obra, que teve o revezamento de 280 operários em dois turnos de trabalho – no dia 14 de julho de 1909 foi inaugurado pelo então presidente da República, Nilo Peçanha, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro.Serzedelo Correia era o então prefeito da cidade.[5]
Originalmente com capacidade para 1.739 espectadores, em 1934, com a constatação de que o teatro estava pequeno para o tamanho crescente da população da cidade, a capacidade da sala foi aumentada para 2.205 lugares. A obra, apesar de sua complexidade, foi realizada em apenas três meses, também tempo recorde para a época. Posteriormente, com algumas modificações, chegou-se ao número atual de 2.361 lugares.
Em 1975, a 19 de outubro, o teatro foi fechado para obras de restauração e modernização de suas instalações e reaberto em 15 de marçode 1978. No mesmo ano foi criada a Central Técnica de Produção, responsável por toda a execução dos espetáculos da casa.
Em 1996 iniciou-se a construção do edifício anexo, visando desafogar o teatro dos ensaios para os espetáculos, que, com a atividade intensa da programação durante todo o ano, ficou pequeno para eles e, também, para abrigar condignamente os corpos artísticos. Com a inauguração do anexo, o coral, a orquestra e o balé ganharam novas salas de ensaio e espaço para as suas práticas artísticas.
Teatro Municipal do Rio de Janeiro: aspecto interno.
Em seus primórdios, apresentavam-se no teatro apenas companhias e orquestras estrangeiras - especialmente as italianas e francesas - até que, em 1931, foi criada aOrquestra Sinfônica Municipal do Rio de Janeiro. Entre as personalidades ilustres que nele se apresentaram destacam-se os nmomes de Maria CallasRenata TebaldiArturo ToscaniniSarah BernhardtBidu SayãoEliane CoelhoHeitor Villa-LobosIgor Stravinsky,Paul HindemithAlexander Brailowsky entre outras. Hoje a casa abriga a Orquestra Petrobras Sinfônica e a Orquestra Sinfônica Brasileira e são apresentados, majoritariamente, programas de dança e de música erudita.

[editar]Obras de Arte

O Teatro Municipal do Rio de Janeiro ostenta obras dos mais renomados artistas brasileiros na época de sua construção. Pinturas de Eliseu ViscontiHenrique Bernardelli e Rodolfo Amoedo e esculturas de Rodolfo Bernardelli.
Eliseu Visconti foi o principal decorador do teatro, sendo de sua autoria todas as pinturas da sala de espetáculos: o majestoso pano de boca (maior tela já pintada no Brasil), teto sobre a platéia (plafond) e friso sobre o palco (proscênio). Também de Eliseu Visconti são as pinturas do “foyer” do teatro (teto e painéis laterais), consideradas como obra prima da pintura decorativista no Brasil.
Rodolfo Amoedo executou oito pinturas nas paredes laterais das rotundas do “foyer”, sendo de Henrique Bernardelli a autoria das pinturas dos tetos das duas rotundas.
O restaurante Assirius, no subsolo do teatro, tem a particularidade de ter uma decoração em estilo assírio.

[editar]Reformas

Fachada do teatro municipal totalmente restaurada após as reformas, em maio de 2010.
Em 27 de maio de 2010, autoridades durante a cerimônia de reinauguração do teatro.
Em comemoração ao cem anos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foram iniciadas extensas reformas de restauração no teatro que, foi totalmente restaurado ao estilo original.
Para resgatar a beleza original ao teatro, construído no início do século passado, foram investidos 70 milhões de reais nos trabalhos de restauro que duraram mais de novecentos dias.
Para resgatar o dourado original do teatro, foram utilizadas milhares de folhas de ouro de 23 quilates compradas na Alemanha e que adornam os detalhes da fachada e da cúpula, como detalhou a Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro, da qual depende a Fundação Teatro Municipal.
Cerca de 250 operários trabalharam durante os quase três anos das obras no prédio, um dos mais belos do centro do Rio de Janeiro.
Além da restauração dos adornos principais, a águia dourada de cobre com suas asas abertas no centro do telhado, as três cúpulas douradas, os vitrais e a fachada com escadaria de pedra, foram retocadas também outras 23 obras de artes internas que receberam inovações tecnológicas. Dentre os trabalhos realizados destacou-se, pela importância da obra e pelo estado de deterioração em que se encontrava, a restauração dos painéis queEliseu Visconti realizou para o foyer do teatro, considerados como uma obra prima da pintura decorativista no Brasil. Embora estivessem bastante danificados, atingidos durante vinte anos por infiltrações na cúpula do teatro, a perfeição do trabalho trouxe de volta, com impressionante fidelidade, a pintura de Visconti.
Sem interferir na estética, o palco recebeu um elevador para o piano (para evitar que a peça destoe) e todos os equipamentos usados no cenário serão controlados por um software instalado pela mesma empresa austríaca que equipou o teatro La Fenice, em Veneza, e o Staatsoper, em Berlim.
A restauração das paredes trouxe à tona obras feitas há 80 anos, cobertas por reformas e até mesmo pelo pó. Outra surpresa foi a descoberta de uma passagem secreta.
O teatro municipal reabriu com 219 mil folhas de ouro e 57 toneladas de cobre, além de 1.500 novas luminárias e com mais de cinco mil lâmpadas.
A reinauguração ocorreu em 27 de maio de 2010, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Cultura, Juca Ferreira, do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, entre outros.

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